8/11/2008

Pequim 2008.


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Primeira medalhas do Judô nos Jogos Olimpicos 2008.

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11/08/08 - 07h55 - Atualizado em 11/08/08 - 13h05

Judô ganha dois bronzes e abre quadro de medalha do Brasil em Pequim
Ketleyn vence no peso leve e faz história com a primeira medalha de uma brasileira em esportes individuais nos Jogos. Leandro repete feito de Atenas

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Saiu a primeira medalha do Brasil nos Jogos Olímpicos de Pequim. Ou melhor, saíram as duas primeiras medalhas. Leandro Guilheiro e Ketleyn Quadros conquistaram o bronze no judô, categoria peso leve, e já igualaram o desempenho da equipe brasileira da modalidade nos Jogos de Atenas, em 2004. A vitória de Ketleyn no feminino tem um sabor mais do que especial, já que é a primeira medalha olímpica de uma brasileira em um esporte individual nos Jogos e a primeira medalha da história do judô feminino na competição.




O semblante confiante de Ketleyn e a vibração de Leandro. Brasil ganha suas primeiras medalhas Agência/EFE
Ketleyn festeja o feito inédito para o judô do Brasil Com os dois bronzes, o judô passa a ser o esporte com mais medalhas em todas as edições de Olimpíadas: 14, empatado com a vela. O atletismo é o segundo, com 13.



- A ficha ainda está caindo. Sei que isso é muito positivo para mim e para o judô brasileiro. Mas eu ainda não pude ter noção de tudo isso - disse Ketleyn em entrevista à Rede Globo.



Ao lado da lutadora, a técnica da equipe feminina do Brasil, Rosicléia Campos, vibrava com o feito inédito.



- A gente fez história! - gritava Rosicléia.



O feito de Leandro Guilheiro não é menos especial. Afinal, Leandro chega em Pequim ao seu segundo pódio olímpico, igualando o número de medalhas de Aurélio Miguel (ouro em Seul (1988) e bronze em Atlanta (1996)) em Olimpíadas. Na decisão do masculino, Guilheiro fez uma luta relâmpago, derrubando o iraniano Ali Malomat em 23s, e conseguindo o ippon, pontuação máxima do esporte. O bronze de Ketleyn chegou um pouco antes, com a vitória da brasiliense sobre a australiana Maria Pekli, com um ippon no golden score, após ter empatado com uma punição para cada lado nos cinco minutos de luta.






VEJA IMAGENS DA CHEGADA AO BRONZE DE KETLEYN QUADROS



CONHEÇA A CAMINHADA DE LEANDRO AO BRONZE EM FOTOS



A caminhada para os feitos históricos



Agência/Reuters
Guilheiro sério, em seu segundo pódio olímpico Leandro e Ketleyn pegaram nomes fortes do judô mundial nesse caminho até as duas medalhas de bronze. Em sua primeira luta em Jogos Olímpicos, a brasiliense de 20 anos passou pela atual vice-campeã asiática, a sul-coreana Sin-Young Kang. Do outro lado, Guilheiro tinha uma estréia que parecia mais tranqüila, contra o argentino Mariano Bertolotti. Entretanto, a punição sofrida no início fez com que Leandro tivesse que correr atrás do placar. A técnica, aliada com o uso correto da regra, fez Leandro Guilheiro forçar o adversário a sofrer seguidas punições, garantindo a virada e a vitória na estréia.



O destino, porém, foi diferente para os dois medalhistas de bronze na segunda luta do dia. Ketleyn mostrou que não se intimida com títulos e encarou de igual para igual a medalhista de bronze em Atenas, a holandesa Deborah Gravenstijn. Entretanto, a experiência da adversária contou e a brasiliense foi surpreendida com um contra-golpe, sofrendo o koka que lhe tiraria da caminhada pelo ouro. No masculino, Leandro aplicava o primeiro ippon brasileiro em Pequim, derrubando o sul-africano Marlon August.



Enquanto Ketleyn torcia por sua adversária para ir à repescagem, o que aconteceria mais tarde com a vitória de Deborah sobre a espanhola Isabel Fernandez, Leandro via o sonho do ouro ser adiado, ao perder no golden score para o atual campeão mundial, o coreano Kichun Wang. Com Wang na semifinal, Guilheiro tinha a tranqüilidade de saber que o bronze ainda era possível.



Tranqüilidade após as derrotas



Os dois judocas provaram na luta seguinte que as derrotas não haviam balançado sua confiança. Com um semblante bastante confiante, principalmente para uma estreante, Ketleyn passou simplesmente pela campeã olímpica (Sydney-2000) e mundial (1997) Isabel Fernandez, com uma punição por falta de combatividade para a espanhola durante o golden score. Leandro estreou na repescagem com estilo, ao vencer por ippon o uzbeque Shokir Muminov.



Faltavam então duas lutas para o pódio. E Ketleyn Quadros garantiu com um ippon sobre a japonesa Aika Saito a que já era a melhor participação de uma judoca brasileira na história das Olimpíadas. No masculino, Leandro Guilheiro seguia sua seqüência de ippons, conseguindo o terceiro, desta vez sobre o ucraniano Gennadii Bilodid na final da repescagem.



Na disputa do bronze, a tensão ficou do lado apenas da torcida brasileira. Dentro do tatame, os judocas mostravam muita concentração e tranqüilidade para despachar seus adversários. Primeiro foi a novata Ketleyn, que com um ippon, o seu segundo em Pequim, derrotava a australiana Maria Pekli e garantia a medalha inédita. Depois veio Leandro para coroar o dia, com um ippon relâmpago aos 23s de luta sobre o iraniano Ali Malomat.

8/10/2008

judô nas Olimpiadas 2008.

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10/08/08 - 13h00 - Atualizado em 10/08/08 - 13h01

Bronze em Atenas, Leandro volta aos Jogos por novo lugar ao pódio
Segunda-feira terá ainda a brasileira Ketleyn Quadros no peso leve

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Dilvugação/GLOBOESPORTE.COM
Quatro anos depois, Leandro volta aos Jogos para buscar outra medalha nos leves O Brasil volta nesta segunda-feira aos tatames do ginásio da Universidade de Ciência e Tecnologia de Pequim pronto para superar a tristeza com a derrota precoce do bicampeão mundial João Derly nos Jogos Olímpicos de Pequim. Dono de uma medalha de bronze em Atenas-2004, Leandro Guilheiro retorna aos Jogos quatro anos depois em busca de um novo lugar ao pódio da categoria leve. No feminino, Ketleyn Quadros faz sua estréia em Olimpíadas. As disputas começam à 1h (de Brasília) e terão transmissão ao vivo da Rede Globo e do SporTV.

E nada melhor para Leandro Guilheiro do que pegar um velho conhecido dos tatames, o argentino Mariano Bertolotti, sétimo colocado nos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro. Entre os principais advervsários de Guilheiro estão o coreano atual campeão mundial Ki-Chun Wang, o vice-campeão mundial e campeão europeu Elnur Mammadli, do Azerbaijão, e o japonês Yusuke Kanamaru, terceiro lugar no Mundial do Rio, em 2007. Técnico da equipe masculina, Luiz Shinohara lembra que a estréia é importante para dar confiança ao lutador.

- A primeira luta é sempre muito importante para o Leandro e é bom pegar um adversário conhecido para ele estrear com tranqüilidade e ir crescendo na competição.

Prata no Pan do Rio e bronze nas etapas de Super Copa de Moscou e Hamburgo este ano, Leandro chega mais experiente e confiante para Pequim.

- Pequim está sendo completamente diferente de Atenas. Chego mais tranqüilo e bem preparado. Se tem duas palavras que me definem hoje são foco e serenidade, graças a tudo o que passei nesses quatro anos. Estudamos bastante todos os 31 adversários. Independente de eu ganhar uma medalha ou perder na primeira luta, sei que fiz tudo o que podia até chegar aqui.

Confiança também no feminino



André Amaral/GLOBOESPORTE.COM
Ketleyn Quadros ao lado de Luciano Corrêa na chega à Vila Olímpica de Pequim A torcida brasileira começa nos tatames com Ketleyn Quadros, que fará a segunda luta da área 1 contra a sul-coreana Sinyoung Kang, atual vice-campeã asiática. Ketleyn chega a Pequim após ter ficado com a prata na Copa do Mundo de Belo Horizonte, em 2008, e como Leandro, também se mostra confiante, apesar da pouca experiência.

- O que faz diferença numa Olimpíada é o detalhe. Todos os que chegam aqui são capazes de ter bons resultados. O que vale é a confiança, a força de vontade.

Técnica do Brasil, Rosicléia Campos considera a chave de Ketleyn uma das mais difíceis.

- A chave da Ketleyn é bastante difícil, e ela vai precisar lutar como em Paris, quando venceu a campeã olímpica de 2004. Ela estréia com a coreana e terá pela frente, depois a medalhista de bronze em Atenas. Na semi, ainda poderá encontrar com a espanhola hexa campeã européia, vice-campeã mundial 2007 e campeã olímpica de Sydney 2000 – analisa.

Resultados Olimpiadas 2008. ( Judô )

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10/08/08 - 07h06 - Atualizado em 10/08/08 - 08h33

Bicampeão mundial João Derly chora, pede desculpas e reclama dos juízes
Judoca diz que ficou desesperado no fim da luta com o português que o tirou das Olimpíadas

TV Globo
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A última imagem de João Derly em Pequim foi de um choro contido. Quando se preparava para deixar o ginásio da Universidade de Ciência e Tecnologia, ele aceitou o pedido de um autógrafo para uma fã, pediu desculpas a ela e depois não resistiu às lágrimas. Bicampeão mundial e uma das maiores esperanças de medalha do Brasil em Pequim, ele lamentou a derrota para o português Pedro Dias.

- Fico procurando alguma coisa que tenha feito de errado, mas isso é esporte. A gente entra sem saber quem vai vencer. Achei que eu poderia ir melhor aqui. Fico triste de não disputar uma medalha e sair assim - disse.

João elogiou o estilo de luta do português. Disse que não conseguiu encaixar seu jogo desde o começo do combate e também fez críticas aos juízes.

- Nunca gostei de botar culpa nos juízes, mas eles tiveram alguns erros na luta. E eu poderia ter compensado isso de alguma forma e acabei me enrolando - disse ele, que falou que seu rival poderia ter sido punido por falta de combatividade no início da luta.

O brasileiro contou ainda que ficou 'desesperado' nos segundos finais da luta, quando tentou reverter a vantagem do português. E fez uma crítica de sua atuação.

- A gente tira lições quando perde e quando ganha. Eu tenho que impor mais o meu jogo. Sou agressivo e hoje estava mais acanhado - disse.